Obg – UMA LOJA DE INSPIRAÇÃO MINIMAL!

Duas lendas urbanas do Brasil, Alessandro Radloff & Marcela Brunken, juntaram-se de alma, acreditaram no seu sonho e abriram em dezembro de 2017 uma loja alternativa, que é uma montra de peças e acessórios sóbrios que falam diretamente com o cliente, sem pormenores intrincados que roubem a atenção, impondo-se ao olhar.


Ao leme da loja que tem como lema “less is more” apostam em peças clean para inspirar.

Num espaço acolhedor, de tons neutros com um toque de calor criado pelo amarelo das paredes e o cinzento-preto do chão, que contrastam harmoniosamente e completados, pela simplicidade, bom gosto, criatividade da montra e da porta. Estilo minimalista, prático, urbano, atemporal e moderno, o tipo de loja que encaixa perfeitamente no estilo de vida da cidade.


Apenas num único olhar abraçamos de uma só vez toda a fachada principal desta loja, tão bem conseguida, com um detalhe relevante, o nome da loja: “obg – Obrigado, obrigada”, tão cheio de significado, como refere a Marcela Brunken: “Não é preciso muito para se perceber sobre a origem do nome da loja.

É verdade que o conceito nasceu através de um agradecimento à vida, à natureza, a Portugal, às pessoas, aos amigos aos encontros e desencontros, mas à medida que esta ideia foi amadurecendo e as suas bases consolidando, o sonho era a manufatura. Isto é, há um tempo em que a ideia se consubstancia na forma. Há pensamento, mas há prática”.

É na rua das Janelas Verdes, número 90, Lisboa, convivendo com o Museu de Arte Antiga e paredes meias com o Palácio do Ramalhete, que encontramos este espaço de marca branca, aprazível e de portas abertas para receber clientes e amigos. São 90 metros quadrados de um único piso, de louça com design contemporâneo, roupa de cama, acessórios e vestuário masculino, feminino e de criança. Para celebrar o “fair trade” e o conforto!

Segundo Alessandro Radloff: “O espaço é dedicado a artefatos simples, puro e despretensioso, a produtos de Design representativos de uma cultura.

A marca cria objetos com linhas básicas e geometrias simples, com o intuito de serem utilizados no dia-a-dia com um preço justo”.

A loja “obg – Obrigado, obrigada”, é muito particular na sua essência, prima pela diferença, reunindo num só espaço uma gama muito vasta de artigos inspirados num mundo natural, cujo foco é a qualidade e o bem-estar, onde o algodão, o linho, as cortiças predominam. Os seus materiais de excelência são leves, resistentes, maleáveis e combinam com os dias quentes, servindo como uma alternativa!

Os sócios Alessandro Radloff e Marcela Brunken, revelam:

A obg baseia-se num conceito de estética bem definido. A visão do espaço é a adoção de uma paleta cromática que passa do branco, bege, castanho, cinza e preto, tendo uma abordagem intemporal, depurada e natural do design que nos chega através de peças simples e funcionais. Isto é, são objetos dotados de um sentido estético, unidos pelos tons, que constituem uma parte considerável da nossa marca e identidade”.

É um ponto de encontro, onde as pessoas se sentem à vontade para ver, tocar, experimentar, perguntar, conversar e adquirir. Há uma vontade maior de dar mais valor a espaços assim. As prateleiras, mesas e os expositores estão organizados de forma simples, fazendo lembrar uma exposição coletiva de vários artesãos, a disseminar boas vibes. Porque não há minimalismo com desorganização.

A loja, sem marcas, traz produtos simples, funcionais e acessíveis, reúne detalhes minimalistas valorizando cada look. No fundo as peças, os têxteis, como, o algodão, o linho e a pele; e/ou os acessórios e calçado em madeira, cortiça, aço, são a cute que escolhemos usar. A simplicidade na sua grandeza. Uma particularidade que a torna especial e que nos apetece tocar e vestir.

Encontramos camisas, vestidos, calças, calções, sapatos, sandálias, colares, óculos de bambu, peças de cortiça, louça, roupas de cama, candeeiros, carteiras, cestos, chávenas e copos. Tecnicamente os artigos são simples e os tecidos lisos, leves, fluidos e frescos.

Os artigos criados, cuja estética se adapta perfeitamente ao dia-a-dia, levam-nos a questionar o conceito de “slow-fashion”, especialmente, ligado à moda, que significa muito mais do que a sua tradução literal, expressa uma alternativa à produção em massa, um movimento sustentável que vem ganhando força, sendo cada vez mais adotado pelo mundo.

Para Marcela: “Não é só uma questão de design, essa palavra tantas vezes mal aplicada. Aqui a forma e a função são para todos. Tudo é possível, desde que caiba nas nossas mentes e nos nossos tons.

Os objetos são um regresso à linguagem mais elementar, traduzida numa imagem de design honesto e puro. Pretende-se ter um novo olhar face ao design, à arte e à sociedade, e aos valores éticos em geral. Isto implica repensar a maneira de projetar, fabricar, consumir e descartar, tal como a forma de gerir o próprio negócio. A curadoria é feita com grande cuidado e amor. Tendo em conta a sua funcionalidade quanto à escolha, pois as peças são para serem confortavelmente usadas”.

Sendo as cores neutras, secas e equilibradas, como o branco, o preto, o bege, o castanho e o cinza as cores dominantes.

As roupas seguem o estilo “clean”, corte reto e limpo, assentam bem, e tornam-se elegantes. Visual harmonioso e versátil. Para completar vale a pena investir nos acessórios discretos e com brilho.


Este conceito leva-nos a repensar um pouco na forma como estamos a consumir. Uma vez que são peças que combinam com diversos “outfits” poder-se-ão usar em diversas ocasiões, adicionando, simplesmente, complementos que permitem construir looks para cada circunstância e celebrar o verão mesmo tímido, escondido entre nuvens e chuviscos.

O Blog “A Boa Vida Persegue-me”, visitou a loja e é este o resultado deste desafio.

Os proprietários, amigos de longa data, confessam sorridentes: “Abraçando a filosofia simples de querer tornar o mundo melhor e menos complicado levando a paixão pelo design a um autêntico modo de vida.

Há o trabalho de executar o que o se imaginou. E há suor, erros, desilusões. Mas também alegria e satisfação por cumprir um desígnio, um apelo que vem de dentro. A satisfação de um “dever” cumprido. Formas de dialogar entre quem produz e quem consome.

E o maior valor que temos para oferecer é o prazer. A empatia entre quem cria e quem desfruta”.


A “obg” é uma loja despretensiosa, cheia de simplicidades. Uma junção de boas energias que nos cativa com artigos que valorizam a diferença, que conseguem dar um certo “twist aos looks” mais casuais, sabendo que a beleza não tem padrão. Encantar é dar mais do que o cliente quer.

“O importante é o sorriso. A fruição do recetor é a maior alegria do criador. Sendo que, a nosso ver, não há maior prazer que aquele que é proporcionado por uma descoberta.

É tempo, pois, de voltarmos a partir. Porque não há maior prazer que encontrar”. Acrescentaram.

Styling: Patrícia Ervedoso Pinto – do Blogue “A Boa Vida Persegue-me”.

Crédito fotográfico: Miguel André Silva

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Vale bem uma visita, das 11 às 19 horas, de terça-feira a domingo: Obg – Obrigado, Obrigada. Instagram: @obg.lisboa. e-mail: geral@obg.pt

Agradecimento: Le Chat. La Boulangerie By Stef. Museu Nacional de Arte Antiga.