ESPARGUETE À “SERRA DA LEBA” COM GAMBAS, POR SÍLVIO NASCIMENTO.

Estive à conversa com o ator Sílvio Nascimento, no Restaurante “Café Portugal – do My Story Hotel Rossio”, situado na Praça D. Pedro IV, 59, Lisboa. Mesmo na baixa pombalina, este restaurante apresenta-se com uma decoração sóbria, ambiente tranquilo, acolhedor e um atendimento simpático. É um dos restaurantes com o raro privilégio de onde se pode apreciar a “cidade a acontecer”, tão perto, à janela, com uma tranquilidade única apesar do bulício da nossa capital. É de facto uma experiência singular!

A cozinha, com sabores refinados, está a cargo de Fábio Regalado, um Chef que aposta na qualidade dos ingredientes e no rigor da confeção.

No fundo, o lugar ideal para estar com o ator Sílvio, para deixar as palavras fluírem livremente, entre garfadas e conversas, sabores e histórias de vida.

Sílvio Ferreira do Nascimento, nasceu no Lubango, província da Huila, Angola, a 11 de novembro de 1987, local onde viveu e estudou até ir para a faculdade. Decidiu ir para Luanda para continuar o seu percurso académico, cursar Direito, bem como para cumprir um sonho de sempre: abraçar a carreira de ator.

Premiado pela Zap News e Angola Top Ten Awards, como melhor ator de 2015, Sílvio Nascimento distingue-se também como modelo e apresentador de um programa de entretenimento, no Canal Fox, demonstrando ainda habilidades para a escrita.

Em 2016, foi escolhido para integrar o elenco de atores da novela portuguesa Amor Maior, em exibição no horário nobre da SIC, interpretando a personagem “Augusto”, um indivíduo que viveu uma infância perturbada mantendo um mau relacionamento com os familiares, dando-lhe um nível de descontrolo psicológico, talvez um psicopata, que o transforma num sujeito muito agressivo.

Interpretação que lhe valeu o “Troféu Moda Luanda” de melhor ator 2016.

Nasceste em Angola, em 1987… vamos começar por aí, pelos teus dados biográficos, pode ser?

Sim vamos. Nasci no Lubango, província da Huila, Angola, a 11 de novembro de 1987, onde vivi e estudei até ir para Luanda.

Continuemos a falar sobre ti. Viveste no Lubango durante uns anos e depois foste viver para Luanda. Como foi a tua infância? Queres falar sobre esse período da tua vida?

Tive uma infância saudável, cheia de aventuras, amigos para a vida toda e de extrema importância para a minha vida adulta. Encontrei pessoas que ainda hoje levo comigo. Foi nesta altura que delineei os meus sonhos.

Ir viver para Luanda define a tua história?

Viver em Luanda faz parte do percurso que tracei para mim. Para se ter reconhecimento a nível internacional precisas de ter o reconhecimento nacional e, feliz ou infelizmente, Luanda é a capital do meu País e é lá que as coisas começam.

Proximidade, simplicidade e integridade, devem presidir a nossa vida?

O tempo inteiro, são coisas imprescindíveis para um Homem que se preze. Sem esses itens podemos ter quase tudo, mas há-de ficar a faltar a essência.

Proximidade cria e desenvolve afetos?

Somente com proximidade se cria afeto, de outra forma é alegoria, fantasia, invenção platónica.

É importante mostrarmos os nossos sentimentos, emoções, afetos… queres falar sobre isto?

Os nossos sentimentos, emoções e afetos mostram quem realmente somos.

Depende de cada um mostrar a sua essência; cada um tem uma postura social, uns camuflados e outros mais abertos. O caráter determina qual mais usamos.

Como e quando surgiu a paixão pelas artes cénicas, a vontade de ser ator?

Desde que me conheço que quis ser ator. O sentimento cresceu e eu amadureci com ele, tenho feito de tudo, com honra e determinação, para viver isso.

Perdeu-se um bom jurista e ganhou-se um ator de sucesso?

O jurista que vive em mim, aparece em todas as conversas, em todos os momentos, todos os dias, ele está apenas a repousar para entrar em cena num momento oportuno.

Queres falar sobre os teus projetos? O que te fez aceitar o convite para integrares o elenco da novela da SIC, Amor Maior?

É um grande passo para a minha internacionalização. Já o fiz com o teatro, já venci um prémio internacional de melhor companhia de teatro, em 2011, no Festilip do Brasil; fui nomeado para 2 Emmys, na academia em New York, pelas novelas Windek e Jikulumessu; venci um prémio Awward, na Correa, com Jikulumessu, em 2015, e agora pretendo fazer história com a SIC. E em verdade te digo: em breve voltamos a falar sobre isso.

Queres falar sobre “Augusto”, o personagem que interpretas na novela da SIC?

 Tudo o que posso dizer é que vai ser uma tremenda marca na vida de quem assiste a Amor Maior. O Augusto vai deixar sequelas graves nos telespetadores.

Como tem corrido o relacionamento com os atores portugueses?

Excelente! Os meus colegas são grandes parceiros e ajudam em tudo.

Pretendes fazer carreira internacional? Qual é a tua meta?

Deus me permita chegar até onde me permitiu sonhar e olha que ele permite-me ter grandes sonhos. Sim, vou conquistar o meu lugar no Mundo.

Como avalias a tua carreira hoje?

É uma autêntica batalha que tenho travado, mas também não era suposto ser fácil. Vou gerindo e correndo para o que melhor posso fazer. Vivo disso, amo isso, tenho de fazer por merecer cá continuar.

Qual é para ti o pior preconceito?

O pior preconceito é o ser humano não perceber que somos todos diferentes e se achar superior a outros que sejam diferentes da maioria ou até mesmo da sua capacidade racional. o Universo é infinito… quem nos garante que estamos sós?!

Sei que tens habilidades para a escrita… antes de passarmos aos teus dotes culinários, queres partilhar connosco essa tua “habilidade”?

Sou contextual, escrevo sobre os sentidos da alma e a nossa existência na terra. Não acredito que seja o melhor momento para fazer um poema desses (risos), mas seguindo-me nas redes sociais percebe-se facilmente aquilo que tenho feito.

Podemos então passar ao teu “papel” de “Chef Nascimento”! Que receita nos trazes?

ESPARGUETE À “SERRA DA LEBA” COM GAMBAS

INGREDIENTES

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Quantidades

  • Esparguete: 0,150
  • Cebola: 0,005       
  • Tomate: 0,050              
  • Alho: 0,050
  • Azeite: 0,02                              
  • Gambas 10/20: 0,100        
  • Parmesão: 0,050                
  • Sal: Q.B                               
  • Vinho branco: 0,02

Preparação:

Colocar água a ferver, temperada com sal e cozer a massa/esparguete, quando estiver pronta, escorrer e reservar.

Comece por picar a cebola, o alho e o tomate.

Refogar a cebola e os alhos picados, com o azeite até alourar em lume brando. Quando estiver alourado juntar o tomate e manter ao lume por 5 minutos.

Descasque, limpe, lave as gambas e conserve-lhes a cauda.

Juntar as gambas cruas descascadas com a cauda inteira, cozinhar mais um pouco, refrescar com vinho branco, temperar com um pouco de sal e picante a gosto. Manter ao lume 3 a 4 minutos até as gambas mudarem de cor. Envolver a massa cozida, saltear tudo, adicionar um pouco de água. Retificar os temperos.

Faça o empratamento, colocando no fundo do prato o esparguete e, espalhe o parmesão ralado por cima, de forma a tornar a sua aparência agradável e apetecível.

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Sabes, a “Boa Vida Persegue-me” e a ti o que te persegue?

A vontade de fazer o meu trabalho, de representar sempre, de viver pelo que amo.

Que vinho sugere para acompanhar este Esparguete à Serra da Leba com Gambas?

Sugiro o vinho branco Rafeiro, da Herdade do Monte Branco, pela acidez viva deste vinho, equilibrada pela doçura que as uvas oferecem. É sem dúvida o companheiro ideal para momentos de descontracção como este.

Agradeço muito o tempo que me/nos dedicaste e esta deliciosa receita.

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Chefe Fábio Regalado – Restaurante “Café Portugal – do My Story Hotel Rossio”

Restaurante “Café Portugal – do My Story Hotel Rossio”

Stylist:  Tânia Sitoe

Styling: Estilista Duarte

Juvenal Candeias – Fotografia

João Ramos – pelo excelente trabalho que tem vindo a desenvolver como colaborador do Blog, não só como fotógrafo, mas também em outras áreas essenciais do Blogue.

O meu abraço maior.

Quanto a si, Partilhe!

Sinta-se à vontade para disseminar esta receita em qualquer espaço seu na Internet, desde que cite o Blogue “A Boa Vida Persegue-me” como fonte.

Obrigado!